Longa madrugada
De espera na janela do peito
Que esconde
Um grito
Um gemido vazio
No escuro do quarto
Sem mobília
Doce madrugada quando chegas
Embriagado de música
E traz a lua
Nova
Que dissipa o vento
Lento
Em meu corpo
Carne
Em teu nome
Tempo.
Patrícia Borda
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4 comentários:
E traz a lua
Que dissipa o vento
Em meu corpo
Em teu nome
fiquei lendo várias vezes esses trechos, primeiro separados, depois juntos como eu coloquei aí em cima.
e depois pensei numa crônica antiga do rubem braga, que eu li ainda no colégio, e falava da "mulher que espera". e não se sabia bem o que ela esperava. lembrei dela, enfim, embora não saiba mais como acabava.
bem, mas na segunda parte dá pra imaginar o que a pessoa espera. ou não espera nada, e por isso a surpresa violenta do segundo trecho? um final feliz, mas tenso pra caramba. como seria o outro dia, e mais, a outra noite desse casal? outra espera, outra redenção?
mas queria era dizer aquele papo simples, mas de fé: MUITO bonito, eu realmente gosto de ler as coisas que você escreve, e imagino o quanto seja difícil escrever, ainda mais poesias, ainda mais como você consegue.
beijinho, querida
Cada vez sou mais tua fã!
Lindo, linda!
que madrugada longa! espero pelo dia, a nova poesia.
Boa essa, velhinha!!!
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