Tua menina convida à roda
Canta cantigas
Olha doce, e brilha
Foi ela
Que enfeitiçou
Com lábios de sangue
E cabelos de noite
Toda cidade
E tão grande a magia
Que do veneno escorrido
Da menina
Fez-se mulher
E da doçura
Fez-se a carne lânguida
E brilhava cada vez mais
Em sua dança sensual
A donzela com olhos de fera
Mistura de santa com meretriz
Cujo sopro estilhaçou janelas e portas
E segue a estilhaçar
Patricia Borda
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2 comentários:
menina, essa poesia lembra a primeira noite que eu te vi pelo são jorge, quando o bar ainda era na sofia veloso.
impressionante como eu volto pra lá quando leio.
claro que eu sabia quem você era quando li, e que isso ajudou na percepção da coisa toda, mas, mesmo assim, interessante ter combinado tanto a poeta, a poesia, e a pessoa. tudo muito raro de se v(l)er.
beijinho
Que legal Rodrigo...Adoro teus comentários... Meu leitor mais fiel!!
Obrigado pelo carinho, sempre, sempre...
beeijo
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