sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Silenciosa manhã

Deixaste teus olhos acesos em mim
Como dois pedaços de luz arrancados do sol
Que atravessaram a noite
Inteira
Iluminando a memória do teu rosto
E te carreguei
Delicada claridade
Estendendo o tempo

Quando a manhã irrompeu
Com a morte silenciosa das estrelas
Eu ainda com teu beijo
Desapegado de paixão
Abandonado em minha boca

Nem tentei
Arrancar a espera do teu gosto
Doendo em minha pele
E adormeci com você mergulhando nua
Em meus poros
Num sonho branco
Escondida na umidade ardida dos sentidos
Dos sentimentos.



Nunca um olhar como o teu
Fere e despe
Nunca um olhar com tanta luz
E tanto fogo
Acende
E incendeia.


Jefferson Pinheiro

Um comentário:

Marcelo Cougo disse...

Tá bonito aqui mas falta a lontrinha!! Um beijo velhinha, boa sorte poesia!