Por Manuel Bandeira e Fabi Borges
Abaixo às identidades pré-estabelecidas
Os autoritarismos egocentristas de esquerda
Todas as coisas que precisam de rótulos
Bandeiras
Estou farta do senso politicamente correto burocrata
Que não se cansa de apontar o dedo
Mas é incapaz de olhar o próprio umbigo
Julga
Fere
Não enxerga
Não compreende
Não dá espaço
( enquanto bebe vinho francês)
Da liberdade que castra
Não olha o espelho
Não ouve
Condena
Esconde a arma
Estou farta
Quero antes o que transgride
O que está no meio
A política dos corpos
O que é matéria prima
Transitoriamente potencial
O que não tem lados
Nem muros
Nem sexo
Ou muitos sexos
O que ainda não atravessou a rua
O outro
Seja lá o que saia da sua boca
Sem dentes
...
Ouve o silêncio
Lê onde não chegam as palavras
Não existe libertação fora de si mesmo.
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