segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

"Um homem jamais pode entender o tipo de solidão que uma mulher experimenta. Um homem se deita sobre o útero da mulher apenas para se fortalecer, ele se nutre desta fusão, se ergue e vai ao mundo, a seu trabalho, a sua batalha, sua arte. Ele não é solitário. Ele é ocupado. A memória de nadar no líquido aminótico lhe dá energia, completude. A mulher pode ser ocupada também, mas ela se sente vazia. Sensualidade para ela não é apenas uma onda de prazer em que ela se banhou, uma carga elétrica de prazer no contato com outra. Quando o homem se deita sobre o útero dela, ela é preenchida, cada ato de amor, ter o homem dentro dela, um ato de nascer e renascer, carregar uma criança e carregar um homem. Toda vez que o homem deita em seu útero se renova no desejo de agir, de ser. Mas para uma mulher, o climax não é o nascimento, mas o momento em que o homem descansa dentro dela."
Anais Nin

3 comentários:

rodrigo aguiar disse...

la petit mort, não é esse o jeito dos franceses definirem orgasmo? nessa hora, há pessoas, não homens ou mulheres. a máxima comunhão seguida da dura percepção de que somos, seja o sexo que for, um fragmento dessa idéia perfeita. todos têm, e são, seus poemas, seus afazeres e o que ganham ou perdem naquele terreno em que se fundem pelo sentimento que em segundos acaba, e esclarece: a clareza da impossibilidade de permanecer assim. vida e morte para pessoas, não isso para homens e aquilo para mulheres.

fazia tempo tempo que eu não vinha aqui. é lindo vir aqui.

Pati disse...

Oi Rodrigo, bom receber tua visita!Seja sempre bem vindo.
Anais Nin eh muito maravilhosa mesmo.Esses escritos sao fragmentos de uma carta.Beijo

rodrigo aguiar disse...

e você, apareça no parangolé...
beijinho